Crescimento da área de venture capital, evolução das fintechs e procura pela modalidade de clube de investimentos são algumas das tendências que o investidor precisa estar de olho.
O venture capital vive sua melhor fase no Brasil, já que o número de investimentos nesta modalidade cresceu bastante nos últimos anos, e segue em alta em 2021. Para se ter uma ideia, somente no primeiro trimestre deste ano, cerca de 10 bilhões de reais já foram investidos nas áreas de private equity e venture capital.
Toda essa expansão se dá por vários fatores, mas um dos principais deles é a pandemia, que acelerou algumas tendências de mercado, especialmente na área de tecnologia, o que tem feito muitas empresas se tornarem bastante atrativas para os fundos de VC.
O setor de venture capital registrou R$ R$ 8,8 bilhões em transações, quatro vezes acima do valor captado em private equity, de R$ 1,9 bilhão no mesmo período.
Dados do estudo da KPMG – (veja a matéria completa na Forbes)
Entre as tendências, as fintechs tiveram uma evolução exponencial, e hoje já são vistas como soluções de infraestrutura no mercado financeiro. De acordo com o estudo Inside Fintech da consultoria Distrito, o Brasil possui atualmente 1.158 fintechs. Como elas oferecem soluções totalmente digitais, o negócio se tornou altamente escalável, e tudo isto tem atraído o interesse dos investidores, que veem facilmente o potencial de crescimento do setor.
Junto com as fintechs, empreendimentos cujo negócio é voltado à transformação digital também devem estar na mira dos investidores. São empresas que oferecem soluções enterprise como inteligência de dados e automação de processos, por exemplo.
E, por fim, os negócios que tiveram – ou ainda possuem – algum impacto direto durante a pandemia da Covid-19 com a gestão de espaços físicos, colaboração remota, comunicação e muitos outros.
Mudanças no mercado de venture capital
O investimento em venture capital geralmente é feito por investidores individuais, companhias de participação e fundos de investimento. No entanto, é válido ressaltar que cada vez mais investidores como pessoa física, family office e outros agentes estão se organizando não só para aportar, mas também para oferecer produtos. Com isto, nós temos visto uma movimentação muito forte no mercado institucional e também no varejo.
Do ponto de vista das modalidades de fundos, vale observar quais estão em evidência. Um tipo de investimento que está crescendo bastante e tem muita importância no ecossistema financeiro, além do próprio venture capital, é o clube de investimentos. A modalidade coletiva é uma opção muito boa para quem quer investir em renda variável, mas tem poucos recursos e ainda está se aperfeiçoando no mercado financeiro.
Do ponto de vista jurídico, recentes atualizações na instrução CVM 588, código que regula as atividades de investimento coletivo (crowdfunding) estão possibilitando investidores individuais entrarem nesse mercado e a tendência é que nos próximos anos todo o mercado esteja melhor estruturado para essa operação, hoje permitida de fato, apenas para investidores qualificados no Brasil.
Outro destaque importante é o aumento de empreendedores que estão criando soluções para fugir do desemprego, e lidar com todas as consequências provocadas pela pandemia, o que representa uma grande oportunidade para investidores.
Além disso, todas as oscilações do mercado financeiro como dólar alto e juros baixos estão forçando o investidor brasileiro a buscar ativos de risco, e neste cenário as startups são um prato cheio.
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