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Empresas diversas têm 36% mais chances de superar concorrentes em termos de desempenho financeiro.
Fonte: Pesquisa McKinsey

Apesar de dados como esse demonstrarem a importância da diversidade corporativa, as estratégias de inclusão vêm perdendo espaço em algumas grandes empresas. Uma decisão que pode, no entanto, comprometer o futuro do negócio.

Antes de mais nada, é preciso compreender a diversidade corporativa como um conjunto de práticas que buscam incluir, valorizar e respeitar pessoas, independentemente do gênero, da raça, da orientação sexual ou da idade.

Não se trata apenas de uma pauta social — é um fator estratégico diretamente ligado à cultura da empresa, e tem impacto na performance das equipes e na reputação da marca.

Além disso, criar um espaço onde as pessoas se sintam valorizadas vai além de acompanhar tendências, é sobre garantir um ambiente colaborativo, sustentável e preparado para crescer.

Desafios da diversidade corporativa

Apesar do avanço das discussões sobre diversidade e inclusão no ambiente corporativo brasileiro, ainda há muitos obstáculos. Uma parcela significativa das empresas tratam o tema de forma superficial, com ações pontuais e sem continuidade, o que compromete o impacto dessas iniciativas.

A falta de políticas bem estruturadas, lideranças preparadas e indicadores claros de progresso são fatores que limitam os resultados.
Além disso, a diversidade no Brasil precisa ser entendida em sua complexidade: envolve gênero e raça, mas também questões sociais, regionais, geracionais, entre outras. Ignorar essa pluralidade pode levar a soluções genéricas que não contemplam as mudanças necessárias.

Saiba mais:

Cenário das políticas de diversidade e inclusão no Brasil e no mundo

Nos últimos anos, algumas grandes empresas reduziram seus esforços em diversidade e inclusão.

O Google anunciou que manterá os investimentos em diversidade, mas sem metas específicas de representatividade. Já o McDonald’s, nos Estados Unidos, encerrou metas para cargos de liderança sênior e cancelou iniciativas voltadas à inclusão de minorias na cadeia de fornecedores.

No Brasil, no entanto, a Arcos Dorados, operadora do McDonald’s na América Latina e Caribe, segue na direção oposta. A empresa reafirmou que as políticas de diversidade e inclusão (D&I) serão mantidas de forma consistente.

Por que investir em diversidade corporativa?

Mesmo em contextos de reestruturação ou mudança de estratégia, é possível manter o compromisso com a diversidade. Descontinuar políticas de D&I pode parecer uma decisão pragmática, mas tende a enfraquecer a cultura organizacional, a inovação e o engajamento das equipes.

É necessário investir na capacitação das pessoas de forma contínua e criar um espaço onde a pluralidade de ideias gere inovação e crescimento sustentável.

Na Triven, entendemos que essa dinâmica é fundamental. Isso porque atuamos no modelo “as a service” — ou seja, alocamos profissionais que precisam se adaptar a empresas com culturas organizacionais distintas.

Para que a integração seja bem-sucedida, promovemos ações para que os nossos colaboradores tenham um olhar sensível e inclusivo e respeitem as particularidades de cada ambiente de trabalho.

A parceria que temos com a ORPAS, organização com atuação em letramento racial e desenvolvimento de negócios periféricos, auxilia na capacitação do nosso time. E o mais importante: não é uma ação pontual, mas um processo de aprendizado constante que enriquece as práticas diárias, tanto dentro da Triven como no contato com nossos clientes.

Leia também: Diversidade Corporativa em xeque

Conclusão

A diversidade é um fator que influencia diretamente a forma como uma empresa se posiciona e se mantém relevante no mercado. Em um cenário de transformações aceleradas, construir equipes plurais e preparadas para lidar com diferentes realidades pode ser o diferencial que sustenta o desempenho do negócio.

A decisão de investir em políticas de diversidade e inclusão está diretamente ligada sobre como um empreendedor se prepara para encarar desafios, encontrar soluções criativas e gerar valor real para a sua equipe e a sociedade como um todo.

Crédito da imagem: Image by freepik

Fernando Trota

Fernando é Founder e CEO da Triven. É responsável pelas iniciativas de CFO as a Service, Advisory e People as a Service integrando gestão financeira, melhores práticas e gestão com foco em startups.