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Após um período chamado de “inverno das startups” – em que os fundos de investimento cortaram recursos – o mercado de M&A (Mergers & Acquisitions ou Fusões & Aquisições) voltou a se aquecer a partir do segundo trimestre de 2022, gerando boas perspectivas para as startups brasileiras em 2023.

Em um cenário de volatilidade econômica global, de guerra entre Rússia e Ucrânia e de inflação, os empresários europeus e americanos foram obrigados a descobrir fornecedores em novos mercados para não depender de chineses e russos. Essa busca de grandes players por aquisições de startups em mercados mais “neutros” no cenário geopolítico pode ser estratégica para as empresas brasileiras.

Além do fator geopolítico, os valores mais baixos nas transações também são atrativos e abrem espaço para setores como os de Internet, Software & IT Services e Saúde se destacarem nas operações de M&A.

Perspectivas sobre M&A para 2023

O ano de 2022 foi o primeiro, desde 1998, em que não houve abertura de capital de novas empresas na Bolsa de Valores. No Brasil, as fusões e aquisições caíram 43% em 2022, enquanto o volume global caiu 37%.

Além disso, especialistas consideraram 2022 como um ano de “ressaca” por conta das muitas transações realizadas em todo o mundo na janela de IPOs (sigla em inglês para ofertas iniciais de ações) de 2020 e 2021, o que desacelerou as aberturas no ano seguinte.

Em contrapartida, 2023 deve ser um ano de reabertura e fortalecimento do mercado de M&A. Confira as expectativas para este ano – e de que modo elas trazem insights sobre como aproveitar as oportunidades do mercado.

  • Aceleração do crescimento

Um levantamento do site de notícias econômicas Bloomberg registrou que o número de transações no mercado brasileiro de M&A chegou a 1.130 no ano passado – abaixo dos anos anteriores. Muitos negócios foram adiados para 2023 por conta do cenário político-econômico instável. Porém, com o retorno à estabilidade, o mercado tende a voltar a aquecer.

A expectativa é de que sejam movimentados cerca de R$ 60 bilhões, de acordo com visões mais conservadoras, podendo alcançar cifras de R$ 100 bilhões. Os resultados dos investimentos vão depender da dinâmica externa (que atualmente passa por uma recessão), da inflação, das consequências da guerra na Ucrânia e da taxa brasileira de juros.

  • Redução dos juros e estabilidade fiscal

Um dos fatores que pode facilitar a aceleração das fusões e aquisições no Brasil é econômico. A inflação e a taxa de juros são determinantes para que as grandes empresas evitem realizar movimentos de M&A.

Com a expectativa de queda na taxa de juros em pelo menos 2% em 2023, segundo o boletim Focus, os players voltam a se arriscar diante de uma maior previsibilidade fiscal, de olho no melhor retorno financeiro para decidir entre ter rendimento e realizar um M&A.

  • Volta dos IPOs

A expectativa dos especialistas em torno dos IPOs é para novas aberturas a partir de abril e maio, de forma mais lenta. O motivo da espera é a estabilização das taxas de juros e da inflação com os novos rumos das políticas econômicas após a posse do novo governo.

Em comparação, a perspectiva para Wall Street, por exemplo, é de novas aberturas apenas a partir do segundo semestre. O recente colapso do SVB Financial Group deixou os investidores mais cautelosos em razão da vulnerabilidade momentânea do setor.

A abertura de capital no Brasil, por sua vez, deve influenciar positivamente o volume de fusões e aquisições. Isso porque, com mais empresas capitalizando seus caixas com IPO, cresce a tendência de um direcionamento de investimentos para estratégias de crescimento por meio de aquisições.

Importância da organização financeira para M&A

Será que a sua startup está preparada para aproveitar as oportunidades do mercado de fusões e aquisições?

Manter a gestão financeira, contábil, fiscal e tributária em dia é fundamental se sua empresa deseja aproveitar oportunidades do mercado de M&A. Além de os compradores serem bastante criteriosos na escolha de startups, elas não podem se arriscar por causa de todo o cenário político-econômico descrito no começo deste artigo.

Para passar essa confiança e conseguir aproveitar as oportunidades de M&A, ter uma boa gestão financeira na startup ajuda a atrair compradores e facilita a aproximação com eles. Nesse sentido, sua empresa precisa tomar algumas providências como:

  • Passar credibilidade para os investidores por meio de uma estrutura sólida de governança corporativa;
  • Ter um planejamento estratégico atualizado e integrado ao orçamento anual, com revisões periódicas e preparo para traçar novas estratégias e metas diante de dificuldades;
  • Elaborar indicadores de desempenho e relatórios financeiros confiáveis, apoiando a tomada de decisões por meio de uma controladoria eficiente;
  • Apresentar planos de negócios, organização financeira, resultados e demonstrações trimestrais e anuais.

Conclusão

Com soluções de governança financeira com foco em growth, a Triven oferece expertise, tecnologia e mão de obra altamente qualificada para apoiar as operações financeiras de sua empresa, gerando a credibilidade desejada.

Neste contexto, o CFO as a Service ajuda na rotina financeira de sua startup ao fornecer informações financeiras orientadas por dados, gestão da contabilidade e integração aos seus processos. Nossa vertical de Advisory, por sua vez, oferece capital humano qualificado e conhecimento especializado para apoiar a tomada de decisões críticas para o seu negócio.

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Crédito da imagem:Image by rawpixel.com on Freepik

Fernando Trota

Fernando é cofundador e CEO da Triven. É responsável pelas iniciativas de CFO as a Service, Advisory e People as a Service integrando gestão financeira, melhores práticas e gestão com foco em startups.