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O CFO (Chief Financial Officer), também conhecido como diretor financeiro, tem um papel fundamental no processo de growth da startup. É nesta primeira etapa de sua jornada que a  empresa consegue seus primeiros clientes e tem um feedback sobre seu produto ou serviço. 

Nesse contexto, o CFO dá o apoio estratégico financeiro aos founders, interpretando os números e transformando as informações gerenciais em tomadas de decisão. Na prática, ele exerce a mesma função de um diretor financeiro numa estrutura organizacional corporativa. Na maioria das vezes, o profissional que desempenha esse papel tem participação ativa nas decisões e grande importância na companhia. 

O que um CFO faz em uma startup?

Entre as principais responsabilidades de um CFO, podemos destacar o controle financeiro empresarial. Junto a isto, somam-se ainda tarefas essenciais como:

  • definir quais serão os gastos e os custos da empresa;
  • analisar orçamentos;
  • realizar inspeções periódicas em todas as finanças;
  • avaliar quais operações financeiras podem ser vantajosas para a startup, ou representarem riscos potenciais. 

Em outras palavras, o CFO cuida da situação financeira da startup, orientando a tomada de decisão, sempre em prol do crescimento. 

Portanto,a tarefa de contratar CFO deve ser feita com toda cautela necessária, já que ele terá um alto grau de importância dentro da startup. O profissional deve estar preparado para o cargo com competências técnicas e comportamentais, que possam ajudar a empresa a identificar e gerenciar riscos. 

Além disso, o CFO também precisa exercer um papel de liderança que envolva todos os  membros da organização, e transforme cada um deles em protagonistas da evolução e crescimento da startup. 

Por que sua startup deve investir em CFO?

Quando a startup ainda é considerada um negócio embrionário e os recursos ainda são escassos, é comum pensar duas vezes antes de gastar dinheiro com a contratação de um CFO. No entanto, o investimento é extremamente necessário, porque algumas vezes o empreendedor entende de finanças e não tem tempo; e em outras, ele não entende e também não tem tempo. Nas duas situações, fica evidente que o founder não deve focar apenas nas finanças –  o propósito dele deve ser o crescimento da startup como um todo. 

Além disso, outro fator que torna a contratação de um CFO indispensável é a constante transformação digital da sociedade. Novas tecnologias surgem em uma grande velocidade, o que demanda planejamento e controle financeiro, de forma a garantir que a empresa esteja atualizada com tudo que precisa para sua sobrevivência e competitividade no mercado. 

Aliás, aqui entra uma das maiores contribuições de um CFO para startup:  fazer dela uma empresa sólida, moderna, e acima de tudo, competitiva. 

Quais competências são importantes em um CFO?

Uma startup não tem muito tempo para errar. Uma rodada de investimento geralmente representa um runway de 10 a 18 meses. Em função disso, a startup não pode errar nas suas contratações, principalmente quando falamos do profissional que será responsável em gerir os recursos financeiros, que muitas vezes podem ser escassos. Se ele demorar seis meses para se ambientar e começar a dar resultado, lá se foi 50% do caixa da empresa.

Por essa razão é absolutamente necessário que o empreendedor avalie as competências técnicas do profissional e identifique por meio de um processo seletivo eficiente, se o CFO é aquilo que chamamos de “mosca branca de bolinhas vermelhas”. 

São profissionais raros, com habilidades extremas e imprescindíveis para a função. Encontrá-los é um desafio, porque dificilmente eles estarão prontos no mercado, e quando estiverem prontos, provavelmente muitos já estarão bem empregados com um excelente contrato assinado. 

Para driblar isso, uma sugestão é buscar competências consistentes no candidato em pelo menos três daquelas “caixinhas” – Corporate Finance, FP&A e aspectos Contábeis – e duas soft skills fundamentais: gestão de pessoas e capacidade de aprendizado rápido. 

Dessa maneira, essa “mosca branca” pode ser pintada de “bolinhas vermelhas” dentro de casa e este CFO pode aprender com mais facilidade os aspectos de Venture Capital e Private Equity. Por fim, uma recomendação muito importante é que o profissional consiga no mínimo discutir  aspectos societários e legais com parceiros externos. 

E o CFO as a service?

Outra opção viável – e cada vez mais procurada pelas startups brasileiras – é o CFO as a service. Trata-se de um recurso de compartilhamento de gestão financeira em que a startup tem acesso a um diretor financeiro cujo conhecimento é aplicado em diversas empresas, sem a necessidade de atuação em tempo integral. 

Ou seja, a startup gasta menos do que se contratasse um profissional full time, mas desfruta da expertise de um profissional (ou equipe) que  traz consigo uma metodologia padrão e melhores práticas do ecossistema, garantindo mais flexibilidade e agilidade o negócio.

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Crédito da imagem: Negócio foto criado por DCStudio – br.freepik.com

Fernando Trota

Fernando é cofundador e CEO da Triven. É responsável pelas iniciativas de CFO as a Service, Advisory e People as a Service integrando gestão financeira, melhores práticas e gestão com foco em startups.