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Mesmo que uma queima de caixa elevada seja comum em startups, principalmente no início da operação, é preciso ter atenção redobrada com essa situação. Isso porque essa dinâmica pode ser insustentável para o negócio.

Nesse sentido, o Burn Rate desempenha um papel crucial de demonstrar se os investimentos estão resultando na conversão esperada. Na prática, o indicador financeiro revela a rapidez com que os recursos disponíveis na conta bancária da empresa estão sendo consumidos.

Como esse KPI financeiro é calculado?

O cálculo do Burn Rate envolve a diferença entre as despesas do mês e a receita mensal. O resultado pode mostrar duas situações:

  • Burn Rate elevado

Neste caso, é preciso adotar uma administração financeira eficiente e otimizar processos e vendas. A eficiência tributária também contribui para a redução da queima de caixa, promovendo a estabilidade financeira.

  • Burn Rate controlado

Manter o faturamento acima dos gastos é um desafio constante. Dessa forma, um Burn Rate zero ou acima do estipulado não significa que se possa inflar os custos. O ideal é pensar que essa situação pode mudar em pouco tempo e, assim, é importante usar esse recurso financeiro para aumentar a reserva da empresa.

Saiba mais: As dores do crescimento de startups e o papel da gestão financeira

Por que calcular o Burn Rate?

A mensuração do Burn Rate tem um papel importante no planejamento estratégico de uma startup, uma vez que possibilita analisar o crescimento das receitas em relação aos esforços para atrair clientes, além de identificar custos e operações de backoffice e determinar o momento certo para captar recursos.

Outro ponto importante é que o Burn Rate pode impactar a captação de investimentos. Uma queima de caixa que se mantém alta por muito tempo, por exemplo, pode ser interpretada pelos investidores como um indicativo de que a empresa tem gastos insustentáveis ou que as vendas estão estagnadas.

O Burn Rate é, portanto, um indicador essencial para avaliar cenários e entender o risco dos recursos se esgotarem antes do próximo estágio de desenvolvimento da startup. Além disso, ajuda a compreender se o negócio é sustentável e quanto tempo levará para alcançar o breakeven, equilíbrio entre os custos operacionais e a receita, e o rendimento mais adequado.

A importância de um olhar estratégico sobre a queima de caixa

Todo esse trabalho de acompanhamento pode ser desperdiçado se a startup não contar com um olhar estratégico para interpretação e análise dos possíveis cenários. É preciso investir tempo e contar com a expertise necessária para adequar os próximos passos com base no resultado do cálculo do Burn Rate.

Um exemplo de solução que contribui para a tomada de decisão tática e apoiada em dados é o modelo de CFO as a Service, cujos dashboards e relatórios fornecem um “painel de controle” sempre atualizado e com dados sólidos.

O CFaaS permite que o founder visualize indicadores financeiros precisos e corretos. Dessa forma, é possível otimizar tempo, reduzir o risco de erros estratégicos e aumentar as chances de um crescimento sustentável.

Leia também: CFO as a service da Triven gera economia de tempo

Conclusão

Em um ambiente tão dinâmico como o das startups, onde escalabilidade, volatilidade e agilidade são essenciais, é fundamental acompanhar os indicadores financeiros. O Burn Rate oferece insights sobre a saúde das finanças da empresa e orienta as decisões estratégicas.

Esse monitoramento é essencial para evitar problemas futuros, permitindo uma gestão mais eficiente. Com um olhar estratégico e ferramentas adequadas, os founders podem enfrentar os desafios financeiros com mais confiança.

Confira também: Quais KPIs financeiros sua empresa precisa acompanhar?

Crédito da imagem: Imagem de master1305 no Freepik

Fernando Trota

Fernando é cofundador e CEO da Triven. É responsável pelas iniciativas de CFO as a Service, Advisory e People as a Service integrando gestão financeira, melhores práticas e gestão com foco em startups.