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Já abordamos por aqui a importância da análise de métricas para startups e de um planejamento estratégico. Agora, vamos nos aprofundar nos objetivos e importância da análise e avaliação de risco de uma empresa através de uma “diligência prévia”.

A Due Diligence é uma prática fundamental para que o gestor tenha uma visão ampla da empresa, com informações prévias e detalhadas por uma investigação minuciosa. 

Com a Due Diligence, é como se houvesse um diagnóstico completo de várias áreas da startup. Vamos ver de perto como funciona esse processo e qual a sua importância.

O que é Due Diligence?

A expressão “Due Diligence” vem do inglês, e pode ser traduzida como “Diligência Prévia” ou “Diligência Devida”. Diligência diz respeito ao zelo e cuidado, mas também àquilo que é necessário fazer com urgência, quase como uma obrigação. O termo é utilizado para definir investigações também.

Ou seja, Due Diligence quer dizer fazer uma investigação completa sobre vários aspectos de uma empresa: financeiros, jurídicos, trabalhistas, contábeis, fiscais, ambientais e tecnológicos. E por que diligência prévia? Por que esse levantamento de dados geralmente é feito antes de fusões, aquisições e parcerias com o objetivo de avaliar a situação da startup. 

A Due Diligence  pode ser feita também dentro da própria empresa, como uma forma de antecipar o diagnóstico que prováveis parceiros teriam. Dessa forma é possível avaliar com mais frieza os pontos fortes e fracos, e analisar como o negócio funciona a partir de uma visão global.

Para que serve a Due Diligence?

No caso das startups, o processo de Due Diligence ajuda o founder a compreender a sua empresa como um todo, analisando todos os fatores e compreendendo melhor como o negócio funciona.  Dessa forma, ele consegue ter uma visão mais “fria” sobre riscos, oportunidades, posicionamento, valor de mercado.

 O founder deve ter uma noção realista dos negócios da sua startup, e o processo de Due Diligence é uma boa estratégia para alcançar essa visão.

É possível também fazer essa investigação sobre empresas parceiras ou interessadas em fusões e aquisições, para ter certeza de que está tratando com projetos idôneos e sólidos.

Principais análises

As análises de Due Diligence podem ser feitas em diferentes áreas de uma empresa. É preciso contar com uma equipe qualificada e especialista para ter certeza de que está fazendo o procedimento correto. Para isso, pode ser interessante contar com uma consultoria especializada em startups, por exemplo. 

Due Diligence financeira

Essa análise deve procurar entender o fluxo de capital dentro da empresa, verificando a saúde financeira do negócio e a previsão de lucros e perdas para o futuro, entendendo se tem potencial no mercado ou não.

Saiba mais: Gestão financeira para startups 

Due Diligence trabalhista

– Quais são os riscos que a empresa sofre em relação a passivos trabalhistas?
– Os procedimentos internos e a rotina de trabalho da startup seguem a legislação? 

Essas são algumas das perguntas que podem ser respondidas por meio da Due Diligence trabalhista.

Due Diligence contábil e fiscal

Essa investigação entende como a empresa gerencia suas finanças, contas a pagar, a receber; se é transparente, se tem boa fé em seus contratos, boa relação com os fornecedores, e se está em dia com a Receita Federal. 

Enfim, se os departamentos contábil e fiscal estão fazendo seu trabalho de forma organizada e eficiente.

Due Diligence jurídica

O processo de Due Diligence jurídica levanta os potenciais entraves que o negócio pode ter na justiça, analisando a viabilidade da empresa no mercado, se segue as regulamentações para sua área de atuação e compliance. Isso é importante para entender a transparência da empresa, se é confiável ou não.

Leia também: Quando contratar um jurídico para sua startup? 

Importância da Due Diligence para startups

A Due Diligence é um procedimento importante antes de fechar qualquer negócio, seja para a própria empresa quanto para possíveis interessados nela. Funciona como um raio-x da confiabilidade e da atuação da empresa no mercado, mostrando seu potencial e os riscos envolvidos.

Para a startup, a Due Diligence ajuda a verificar que pontos podem ser melhor estruturados e aprimorados, quais são suas maiores vantagens e os maiores riscos na hora de propor parcerias e fechar negócios.

Já para compradores, investidores e potenciais parceiros, o processo mostra a real situação da empresa para além da aparência e do marketing. É com essa análise aprofundada que os elementos externos à empresa podem ter uma real noção antes de criarem um relacionamento celebrado por contratos dos mais diferentes tipos.

 A Due Diligence é, portanto, fundamental para que, tanto a própria empresa quanto as outras que possam se interessar por ela, tenham uma visão ampla dos negócios como realmente são, além da imagem que se quer vender.

Empresas que sabem fazer e executar um bom planejamento estratégico estão preparadas para encarar a Due Diligence sem medo!

Crédito da imagem: Mulher foto criado por pressfoto – br.freepik.com

Fernando Trota

Fernando é cofundador e CEO da Triven. É responsável pelas iniciativas de CFO as a Service, Advisory e People as a Service integrando gestão financeira, melhores práticas e gestão com foco em startups.